E na volta, nada mais
parece o mesmo.
O oceano calmamente
vem e vai, mas só traz a esperança do momento
E as palavras, sempre
soltas ao vento, continuam ferindo e agindo.
Não aprendi e não
aprenderei. Só se for em outro tempo,
ou lugar
paralelo.
Difuso é o tempo e
como doi no meu pensamento.
Eu nunca sei ser eu
mesma, ou melhor, talvez realmente não possa ser.
Em que universo
paralelo dividi meu tempo? Perdi o jogo desta vez...
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Nunca pude ser eu
mesma. E nem sei mais quem sou.
Não sou
ninguem, na verdade. Não tenho gosto, só saudade
Daquilo que
pensei que sou.
Que
tristeza encontrar-me vazia, deixar ruir os sonhos juvenis.
Deixar
morrer de saudade uma realidade que nunca existiu.
Se eu
encontrar-me, um dia, não reconhecerei mais a menina que sonhou um dia ser
feliz.
Claro que
fui feliz, mas da felicidade que eu queria, daquela que sonhei um dia
Eu nunca
existi.
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Os domingos sempre me deixam assim.
Me trazem um vazio imenso. Fico com
o peito ardido de ter perdido a alma no labirinto do vazio.
Procuro no vácuo encontrar o
passado, ou o desejo de o alcançar.
Mas o que acontece, de fato, é um
medo tão ingrato, que só soube me matar.
E fico eu aqui sozinha, ruminando as
palavras, os dias, com medo do que não vivi e que sonhei um dia.
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