Ele saiu correndo com a bola debaixo do braco, passou pelo portão de ferro e com ele escancarado, deixou que seu peso fechasse no trinco. O barulho foi grande. Ele parou uma fracao de segundo preocupado com a parede velha da casa. Mas também numa fracao de segundo pensou que a casa não cairia só por que ele deixou que o portão batesse.
Ele também lembrou que sua mãe não gostava que ele se afastasse muito de casa. Então voltou para a frente do portão e comecou a quicar a bola. Sabia que logo a turma se juntaria a ele.
A casa era cumprida e da porta da cozinha era possível ver exatamente o meio da rua aonde ele estava. Olhou para a porta da cozinha e viu sua mãe sorrindo para ele. Ela lhe acenou e sorriu com tanto amor que ele pensou que ela fosse morrer.
Pediu que Juca cuidasse da bola e correu para casa. Abriu o portão e o fechou, agora, lentamente e com cuidado.
Foi para a porta da cozinha e olhou sua mãe. Ela cantarolava. E naquele instante ele entendeu que para ela não havia nada mais importante do que ele, seu filho.
Ela não se importaria se o muro da frente se trincasse com a batida do portão. Por isso, ele reconheceu, entao, que ele deveria manter tudo em ordem, já que a vida de sua mãe era ele mesmo.
-Está tudo bem, mãe, não se preocupe.
-Eu sei, meu amor. Vá brincar que eu estou preparando o jantar.
O beijo que trocaram, de amor incondicional, ficou marcado para sempre em seus coracões.
E ao sair pelo portão, viu que seu pai se aproximava. Correu para o abraco rotineiro, com a mesma intensidade de sempre.
-Ate já, pai
-Brinque só mais um pouco…. Tenho certeza que o jantar já está quase pronto…
Harmonia. Amizade. Afeto. Amor. Respeito.
Podem escolher qualquer uma dessas palavras para falar dessa família no segundo capitulo….
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