Friday, April 08, 2011

Tristeza


A humanidade está doente. Sofre de um mal que não é incurável, mas que está arraigado. Todos nós sofremos e estamos doentes também. Não fuja. Tente entender: cada vez que rimos de uma piada de gordo, magro, preto, branco, japonês, gays, loiras, etc e todos os rótulos que a humanidade taxa como diferentes, estamos contribuindo para essa grande dano pelo qual o ser humano está passando atualmente: a dor de pensar que se é diferente. A dor de ver todos aqueles que poderiam ser amigos, rindo e caçoando do outro.

Deveríamos reformular todo o processo de convívio. Esse que está aqui não está funcionando conforme o planejado.

Não há pessoas diferentes nos sentimentos e nas emoções. A tristeza de ver a morte desses adolescentes deve nos fazer mudar de vida.

É bastante claro para mim que essa pessoa que cometeu tamanho ato, deva ter sofrido, reprimindo-se e terminando por causar tamanho desatino. Quem sabe se fora tratado normalmente, sem ofensas, risos, nada disso tivesse acontecido.

Ensine/converse com seu filho/a, neto/a, estudante, amigo/a, marido, mulher, que não permita e evite qualquer ofensa, palavra, desconforto a outra pessoa.

Há muitas criticas pelo comportamento do outro. Nós não temos nada a ver com a vida de ninguem, a não ser com a nossa própria vida. Nós não temos o direito de ressaltar alguma coisa que nós pensamos que não condiz com o padrão. Mas, que padrão? O que é certo? O que é errado? Julga-se muito facilmente, sem ter-se o direito de assim o fazer.

Aquele que critica, que joga toda sua ira, despeito, inveja, ou seja lá o que for, sobre o outro, parece que tem um satisfação mórbida ao fazer isso.

Penso que esse tipo de atitude não deveria ser encorajada. Ninguém é dono da verdade e a nossa opinião pode causar um trauma profundo no outro.

Acredito ser obrigação dos pais, escolas, ensinar que não há diferença alguma sobre nada neste mundo. Que somos todos iguais, perante Deus e perante a justiça. Acredito que deveria haver uma campanha mundial, onde se ensinaria/corrigiria-se o comportamento. Deveríamos incentivar a fraternidade, a benevolência, o “fazer ao outro aquilo que gostaria que fizessem a nós”.

É de extrema urgência uma mudança de comportamento. Geral. Ou então, continuaremos a chorar por muito tempo ainda.

Não estou falando que essas crianças que foram mortas riam dos outros, ou coisas parecidas. Muito pelo contrário. Infelizmente, pelo comportamento errado da sociedade, eles foram sacrificados.

Espero que todos tenhamos aprendido a lição. Uma lição muito dolorosa.

Não gostaria de que tantas mães sofressem outra vez.

E que adolescentes percam suas vidas por nada.

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