Segunda

Normalmente saiu amortecida e muito doida de fortes emoções. Não importam a qualidade, tristes ou alegres, as emoções me dobram; me quebram em pedacinhos e, depois vou reconstituindo o meu todo aos pouquinhos.
As vezes levou muito mais tempo do que deveriam para me reconstruir.
Fico naquela espécie de “limbo”, onde não sei muito bem de onde venho, ou para onde vou. Se foi bom ou ruim. Se passou ou se foi tudo uma ilusão e que de repente tudo vai acontecer de novo, ou mesmo se valeu a pena.
O Fernado, aquele, o Pessoa, dizia que “tudo vale a pena se a alma não é pequena". Mas, por vezes, dúvido que eu a tenho, ou mesmo se a mereço. A alma deveria ser para nos animar, e a minha anima anda muito de marcha à ré ultimamente.
Fico pensando às vezes que desaprendi de pensar e reconhecer tudo o que há de bom ao redor.
Mas também podem ser os hormónios. Alguém tem sempre que levar a culpa. Os hormónios, o calor, o alto preço dos combustíveis aqui, minha arrogância, minha prepotência, a vida. Se eu pudesse deixar tudo isso para trás, ou entender todo esse processo!? Se eu pudesse conviver com todos os meus dia-a-dia, talvez tudo fosse mais fácil ou diferente.
Meu reino por uma ameba!

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......... nao se preocupem...um dia tudo passa....