Wednesday, September 10, 2008

OBRIGADO SENHOR!

Há momentos de alegria em nossas vidas que deveriam perdurar para sempre. Ontem foi um desses dias.

Conversei com muitas pessoas ontem e como estou muito meditativa ultimamente, refletir nobre a conversa foi inevitável.

Muito interessante o que guardamos dentro de nossa mente com relação a fatos passados e como os associamos com as pessoas. Ou como analisamos o antes e o depois e, consequentemente, acredito que a análise tem sempre mais haver conosco do que com outras pessoas.

O assunto principal foi a menininha que já faz parte do nosso dia a dia, embora não tenha nascido ainda. Aparentemente já tem nome próprio escolhido pelo pai, mas naturalmente os pais podem mudar de idéia. Mas o nome escolhido até agora tem como significado uma mensagem muito importante e até acredito que seja esse o fato concreto que ja esta sucedendo com sua chegada: “aquela que une”. É verdadeiramente muito significativo.

Por mim, já está escolhido e acertado. Mas eu sou somente a avó, feliz e orgulhoso avó que pensava que nunca seria avó (da mesma maneira que achava que não teria filhos e no final fomos abencoados tres vezes).

Ao longo de minha vida, sempre fui uma pessoa muito questionadora e sempre procurando as respostas. Nao sei se todo ser humano é assim. Meu amado marido não é e dai, a perfeita sincronia que criamos em nossa relação. Nem sempre foi assim, pois ate que agente amadurece e comeca a entender o funcionamento da vida e suas nuances, somos seres humanos bobos, ciumentos, inconsequentes, imaturos e pensamos que somos os donos da verdade, ou pelo menos pensamos que a nossa verdade é a correta.

Eu nasci sem varias qualidades que abundam em outras pessoas: a inteligência, a coragem, a iniciativa e mais tantas coisas que talvez possa ressaltar ao longo desta conversa. Sempre reconheci que sou meia boba, naive, como se diz aqui, que quer dizer mais ou menos ingenua. Infelizmente a inteligencia nao é o meu forte. Porém ate que posso ser chamada de esperta. Mas o que acho que melhor cabe seria esforçada, que sempre tive que ser para burlar minha falta de inteligência. Meu esforco, contudo, valeu sempre. Sempre consegui excelentes trabalhos e eu pude contribuir em casa, financeiramente falando.

Infelizmente, tambem, sempre me senti uma covarde. Nao pensem que ter vindo morar na America tenha sido corajoso de minha parte. Não. De certa forma minha covardia me trouxe até aqui, que, afinal, deu certo, uma vez que era o meu sonho dourado. Mas se minha vida anterior a vinda tivesse sido diferente, eu nao teria vindo aqui. De certa forma minha covardia me ajudou. É como aquela estoria do rapaz sem emprego que se candidata a zelador do prédio, mas que precisava saber lidar com o computador. Como ele não sabia, não pode ficar com o emprego e com os dez dolares que tinha no bolso comprou uma caixa de macas e comecou a vendar cada uma por 1 dolar e fez 20 dolares com uma caixa que lhe custou 10.00 e percebeu que podia comecar a comprar e vender coisas e hoje eh o dono da maior distribuidores de hortifrutigrangeiros! Se ele soubesse computacao qdo se candidatou ao emprego, hoje ainda seria zelador do predio….e comigo deu-se a mesma coisa….se eu fosse audaciosa e soubesse e dissesse o que eu pensava hoje ainda estaria por ai….

Enfim, ontem, fiquei pensando nas pessoas de minha familia, nos seus sonhos, no antes e no agora.

E percebi, com grande satisfação, que pelo menos eu, estou começando uma outra face de minha vida. Por causa da minha idade? Porque vou ser avó? Não!

Claro que esses dois fatores devem ter alguma influência, mas medi essa atual face pelo comportamento dos meus filhos.

Nossa filha amanhã faz 31 anos. Mora sozinha e tem sua vida pessoal há muito tempo ja fora de nosso convívio desde antes de virmos morar aqui na America. É responsável por seus atos, trabalha, tem seus cachorros, suas contas para pagar e vai muito bem, obrigada. E vai ser tia!

Ontem, minha filha fez um comentáio com referência a um objetivo que ela tem em mente que me trouxe muito satisfação. Nao pelo objetivo, mas pela generosidade do comentário com relação ao irmão e o desprendimento material. (Obrigado Senhor!)

Nosso filho do meio, que estará completando 27 anos em novembro, tem seu trabalho, sua casa, sua vida, sua companheira e agora está trazendo para este mundo uma novo ser humano. Certamente, o inesperado mexe com os alicerces, mas tenho certeza que a estrutura tenha sido bem feita. Esta encaminhado e terá que aprender a ser o provedor da familia, assim como o pai dele foi e é. Ele também fez um comentário que me deixou muito orgulhosa qto à sua preocupacao com tôda nossa familia. (Obrigado Senhor!)

Nosso caçulinha, que também faz aniversário em novembro, já não é tão pequenininho assim: estará completando 26 anos! Sempre pergunta por todos e pela saúde dos irmãos e do pai! Isso também demonstra que ele sabe o que é o certo e o errado com referência a saúde dele mesmo. (Obrigado Senhor!)

E o meu amado marido, eterno companheiro, sustentáculo da família, material e moralmente falando, não poderia ser melhor companheiro.

E a vida me amadureceu em varios aspectos. Infelizmente, muito aprendi pela dor, porque acredito que tinha que ser o ensinamento para mim nesta vida. Não vem ao caso aqui declinar o que aprendi e como aprendi.

O que queria ressaltar eh que, hoje, posso afiançar que tudo que vivi, presenciei e que sofri me serviu como exemplo de como NAO SER!!!!

Vi muita gente se descabelar, brigar, rosnar, gritar, chutar enfim, varios comportamento distintos. Muitos vezes também comecei a ir por esses caminhos, porque infelizmente eram os exemplos que eu tinha. Nem sempre temos os melhores exemplos e somente o tempo nos mostra isso. Acordei a tempo e nunca é tarde para se auto-melhorar.

Bem, de alguma forma acredito que eu esteja virando a página. Acredito que meus filhos podem equilibradamente ter uma vida digna.

Se eu puder fazer com eles percebam com mais claridade o caminho correto, espero que possa ajudá-los.

Mas, sei que cada um tem que aprender por si, seja com os exemplos bons ou os maus, mas temos que aprender a reconhecer o que é certo e o que é errado por nos mesmos. Cada um tem que ter sua própria experiência

Tudo isso para dizer que acho que estou com a missão completada com relação ao filhos. Eu aprendi por muitos maus exemplos a como nao ser e como nao fazer.

Pelo que meus filhos, em conversas banais comentaram comigo ontem sobre certos assuntos, tenho que reconhecer que Gracas a Deus, eles tem caminhos magníficos pela frente, concretizado por uma menininha que estara chegando em nossa familia e que ja eh “aquela que une”.

(Obrigada Senhor!)

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